Filipe Santos: “A Classe EXC4 coloca-nos exatamente onde pertencemos”
A Classe EXC4 é o mais alto nível de classificação que uma empresa pode obter para fabrico de estruturas metálicas, no âmbito da Norma EN 1090 – Marcação CE. Apenas um número muito restrito de fabricantes possui este nível, face aos requisitos deste referencial normativo e às exigências na sua manutenção.
Filipe Santos, CEO, explica porque a VESAM se decidiu posicionar neste restrito nível.
Porquê a Marcação CE?
“Em primeiro lugar, trata-se de um cumprimento legal absolutamente necessário para regular o setor. A marcação CE veio introduzir a garantia aos clientes que o fabrico de estruturas cumpria as melhores práticas do setor. Nós fomos os primeiros em Portugal a ter marcação CE em 2011, ainda antes desta ser obrigatória, e fizemo-lo porque está no nosso ADN sermos uma empresa farol nas melhores práticas e na inovação deste setor.”
Que impactos teve a Certificação EN 1090 na organização?
“Fundamentalmente, obrigou-nos a sistematizar. Essa sistematização foi de tal maneira profunda que hoje não saberíamos fazer de outra forma. Por outro lado, contribuímos para um fenómeno de aculturação dos nossos fornecedores e parceiros, puxando-os para o cumprimento dos requisitos fundamentais da Norma. Esse processo traz-nos alguma satisfação, na medida em que sentimos que estamos a contribuir positivamente para o aumento da qualidade de toda a cadeia de fornecimento.”
O que muda da Classe EXC3 para a EXC4?
“A grande diferença está no rigor. A Classe EXC3 já garante per si, um conjunto de atributos como a rastreabilidade de matérias, de operações e controlos, capazes de assegurar um nível de qualidade muito alto, mas em contexto EXC4, os parâmetros são mais rigorosos. Praticamente em todas as fases da produção são introduzidos critérios mais apertados, desde o nível de corte dos materiais, passando pelo critério de aceitação das soldaduras, até às tolerâncias dimensionais das peças. Este aumento de rigor pressupõe igualmente um desafio para as equipas de planeamento e operadores. Não há qualidade de produto sem qualidade nas pessoas. A formação tenderá a ser o investimento prioritário e contínuo se queremos estar neste nível. O desafio está nas pessoas.”
